
Panel en los Diálogos Amazónicos. Fotografía: © Dino Delgado / Aguas Amazónicas
No âmbito dos Diálogos Amazônicos, a Aliança Águas Amazônicas participou do evento “Rumo a um Pacto Intercultural Panamazônico pelo Clima: de Bogotá a Belém”, que ocorreu no dia 19 de agosto na Hemeroteca Nacional Universitária, em Bogotá. Este encontro faz parte do caminho para a COP30 e reuniu representantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), comunidades, academia e sociedade civil.
Dino Delgado, líder de relacionamento e políticas da Aliança, apresentou a visão de uma Amazônia conectada ecológica, cultural e socialmente. Durante sua participação, destacou que a conectividade não é um conceito abstrato, mas a condição que assegura o ciclo da água, a regulação do clima, a biodiversidade e a segurança alimentar de milhões de pessoas.
Adicionalmente, a Aliança participou durante dois dias das mesas de trabalho onde foram acordadas as recomendações da sociedade civil à OTCA. Nessas mesas de trabalho, foram discutidos temas tão relevantes como a conectividade da Amazônia, a socio-bioeconomia, os ilícitos transfronteiriços, mecanismos financeiros, a proteção de defensores ambientais, entre outros.
Na sexta-feira, dia 22, Dino Delgado apresentou o balanço das recomendações da sociedade civil e a rota sugerida para a COP30 para impulsionar ações conjuntas na região. No evento participaram os presidentes da Bolívia, Brasil e Colômbia, assim como os vice-presidentes e chanceleres dos outros países amazônicos.
A Aliança continuará somando esforços para visibilizar a importância da conectividade amazônica, especialmente hídrica, como um elemento estratégico para o bem-estar dos povos amazônicos e a conservação dos ecossistemas de água doce, promovendo que essa abordagem se consolide como eixo central na agenda da COP30 e na tomada de decisões dos Estados amazônicos.
Por outro lado, desde maio de 2025, Águas Amazônicas se uniu à Rede de Redes, uma aliança que surge para articular a força coletiva de 12 plataformas regionais, integradas por mais de 450 organizações e mais de 300 cientistas comprometidos com a conservação da Amazônia. O objetivo é posicionar a importância da conectividade aquática, assim apoiamos o “Pacto Panamazônico pelo Clima”, uma proposta construída coletivamente para implementar a Declaração de Belém e consolidar uma cooperação regional efetiva frente à crise climática. Fazendo assim um chamado urgente aos oito Estados amazônicos para prevenir o colapso de um dos principais reguladores climáticos do planeta, destacando cinco eixos de ação, incluindo a conectividade ecosistêmica e sociocultural, na qual a Aliança concentrou sua contribuição.
“A participação da Aliança nesses espaços é fundamental para assegurar que a conectividade amazônica, especialmente hídrica, se mantenha como um tema prioritário na região, protegendo os ecossistemas, as pescarias e os territórios das comunidades e indígenas”, afirmou Dino Delgado.

Fotografía: © Dino Delgado / Aguas Amazónicas
“As Águas Amazônicas continuarão explorando oportunidades e espaços para posicionar e contribuir com elementos-chave para influenciar políticas públicas que fortaleçam a conectividade da Bacia Amazônica, especialmente nos três objetivos em que nos focamos: que as paisagens fluviais bioculturais da Amazônia estejam integradas e conectadas, que as planícies alagáveis se mantenham funcionais, que as populações de peixes e pescarias comerciais se mantenham ao longo do tempo”, comentou Alexandre Pucci, vice-presidente do Conselho Deliberativo da Aliança.